Vem aí a maior Copa do Mundo Feminina de Futebol já realizada

O que está por vir será um marco no FUTEBOL mundial.

A Copa do Mundo Feminina de Futebol 2019 acontecerá na França entre os dias 7 de junho e 7 de julho. Organizada pela entidade máxima do futebol - FIFA - a 8ª edição contará com 24 seleções classificadas. Onze cidades francesas farão parte dessa festa e sediarão as partidas.
As representandes do nosso continente, América do Sul, serão Argentina, Chile e nós, Brasil. Brasil, que assim como no futebol masculino, nunca ficou de fora de uma edição da Copa do Mundo FIFA.
Além dos países sulamericanos citados, países importantes no cenário feminino estarão na França: Japão, Alemanha, Noruega e Estados Unidos (todos esses campeões mundiais).
Além da nossa seleção capitaneada pela maior jogadora de todos os tempos, Marta, teremos também mais 3 mulheres representando o país na arbitragem.
Marta, nossa camisa 10, marcou 15 gols nas 4 vezes que participou da copa do mundo e é a maior artilheira da história das copas femininas.

Mas nenhuma dessas informações acima são motivos para chamar a atenção do mundo do esporte.
O que chama a atenção é a forma como essa edição está sendo tratada fora das quatro linhas.
Com o orçamento destinado pela FIFA para realização do evento ultrapassando a marca dos 65 milhões de euros (mais de 250 milhões de reais), o maior já investido, a FIFA já bateu recordes de venda de ingressos antecipados para esse ano. Em abril já haviam sido vendidos mais de 720 mil bilhetes. Jogos como a grande final, a abertura e as semifinais já estão esgotados. A expectativa da organização é que passe de 1 milhão de torcedores acompanhando as partidas de dentro dos estádios.
A ideia da organização é realizar uma copa voltada para a família, tornando as partidas eventos familiares e para o público de todas as idades, diferente da versão masculina que é mais voltada ao torcedor tradicional (torcedor masculino entre 20 e 40 anos de idade).
Pela TV, na última edição em 2015 foram 750 milhões de expectadores. Nesse ano a FIFA acredita que chegará a 1 bilhão de pessoas em todo o mundo.
Aqui no Brasil, pela primeira vez na história dos mundiais femininos de futebol, teremos dois canais na TV aberta transmitindo as partidas direto da França: Band e Globo.
Depois de 32 anos de total descaso, principalmente aqui no Brasil, as meninas do futebol mundial começam a ser tratadas com o mínimo de respeito e profissionalismo dispensado aos homens. Que a imprensa, clubes, federações, CBF e todos os envolvidos aqui no Brasil não virem as costas para essa realidade já vivenciada na Europa e Estados Unidos.
As mulheres que praticam futebol no Brasil merecem todo nosso respeito e precisam ser valorizadas.
Que esse destaque não seja apenas algo esporádico, de 4 em 4 anos. Mas que tenhamos capacidade de entender que a valorização igualitária do futebol entre gêneros é mais uma forma de combater as desigualdades que assolam nosso país e ainda, uma alternativa saudável para nossas crianças.

Será um marco lá fora.
Tomara que aqui também.
Todos merecemos.

Vai Brasil !!!

Comentários